terça-feira, 31 de agosto de 2010

UPGRADE...


"... se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o 'pra sempre' sempre acaba?" (Renato Russo)

Hoje, comemorando o "blog day", declaro oficialmente encerradas as minhas atividades no "blogspot". Foi muito bom enquanto durou, mas um upgrade se fez necessário e acho importante saber partir para deixar o novo chegar.

Se você, caro leitor, ainda quiser me acompanhar em "Minhas Viagens", basta clicar AQUI . E ao chegar lá, para continuar recebendo minhas atualizações, basta clicar no botãozinho "vem comigo", ok?

Nos vemos por aí...

Boa viagem! ;)

sábado, 3 de julho de 2010

FERA RADICAL...


"Não me venha falar da malícia de toda mulher... cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." (Dom de Iludir - Caetano Veloso)



Rio de Janeiro. Sexta-feira. Quartas-de-final da Copa do Mundo. Jogo do Brasil e... pois é, como todos sabem, a seleção saiu da África com seu técnico cantando "eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou...".


Ela leu isso em algum lugar e riu.


Ok, futebol nunca foi seu forte. Ela não é fiel torcedora de time algum. Ao lado de amigos baianos ela é "BA x VI" e, sabe-se lá porque, mesmo não sendo carioca ou gaúcha , sempre teve um certo carinho pelo Flamengo desde pequenininha (por causa do Zico, talvez?) e simpatiza com o Inter de Porto Alegre (sem motivo aparente algum). No início da Copa, ela não comprou o álbum, não colecionou figurinhas e não tinha a menor noção de quem estaria defendendo o Brasil em campo... mas começou a se divertir com os "tweets", com a completa falta de noção de pessoas que sempre estavam ao seu lado e nem sabiam o que era um "impedimento", vibrou e gritou com os gols, ficou arrepiada com alguns lances e, antes de dormir - percebam a evolução da pessoa - agora acompanha um podcast bem engraçado sobre as rodadas!!! Nesse dia, ao acordar, estava planejada a encontrar alguns amigos mas tudo foi por água abaixo quando o despertador não tocou. Acabou vendo o jogo no sofá da própria sala. E é aqui que começa essa história que, na verdade, não tem nada a ver com futebol.


Decidida a ficar em casa, resolveu tentar terminar de ler um livro sobre o qual debateria no dia seguinte. Não conseguiu. Ela acha o livro chato. Bem chato. Pode ser só uma fase... vai saber, né? Mas há outra coisa que a irrita também: o fato de ter visto o filme há anos e imaginar sempre a cara da Keira Knightley enquanto o lê (ela acha essa atriz magra demais, meio insossa para o papel e não entende sua indicação ao Oscar por esse filme). Na verdade, por mais que ela saiba que este seja um clássico, ela não consegue se interessar pela linguagem de um romance escrito por uma "menina prodígio" do século XVIII, sobre o comportamento e a moral da aristocracia inglesa do século XIX. E isso é o que a irrita. Mais do que irritação, dá sono. "É um livro muito "mulherzinha", ela pensa. E conclui que a protagonista é, simplesmente, o "alter ego" de quem a criou.


De repente, o telefone toca. Imediatamente ela larga o livro, larga tudo, muda os planos e resolve sair: vai pegar um DVD pra ver aconchegada sob seu edredon. Mas num súbito ataque "gretagarboniano", decide ficar sozinha, pega o telefone de volta, desmarca o compromisso e tira a poeira do seu violão. Toca uma coisa aqui, outra ali... então começa a lembrar do fim-de-semana passado deliciosamente surpreendente, do vento batendo no rosto, das conversas, dos novos amigos, da lua cheia, do beijo bom no portão de casa, das trocas de SMS, do reencontro capaz de curar ressacas, da hora do chá, da brincadeira adolescente, do suor, dos cheiros, dos gostos e do discurso defendido por ambos os lados no "momento do depois"... e da lua minguando... do sarau da noite seguinte, das novas conversas, dos novos amigos... das novas mensagens no celular... enfim! Ela sabe que a vida é feita de ciclos. Logo a lua se renovará... e isso a inspira. Ela, então, resolve compor.


Entre um acorde e outro, no meio de tantas lembranças, surge também a memória de um texto que ela leu mês passado, num site alheio. Um texto que fala sobre essas mulheres cheias de mistério. Essas que andam por aí a atrair os homens (e as mulheres) que por elas passam. Um texto que fala sobre um tipo de mulher que ela não é e nem quer ser. E, aos poucos, ela abandona um pouco seu violão e volta ao computador, apenas para confirmar o inevitável: a autora (que não a conhece) escreveu exatamente o que ela diria, caso fosse questionada sobre "a mulher misteriosa".



"Numa mesa de bar com conversa animada ela se limita a sorrir. Numa festa importante ela se limita a aparecer por minutos e desaparecer em segundos. Em um show ela jamais canta as letras, rebola, comemora, fica suada. Aliás, quem é que já encontrou ela em algum show? Ou em algum lugar? Mas era ela, não era? (...)".



Ela, bem diferente das "mulheres misteriosas", não é limitada e sabe se divertir. Em alguns bares, quando ela chega, cumprimenta o gerente e os garçons, que geralmente perguntam por onde ela andava, caso não frequente o lugar há muito tempo. Se uma festa a agrada, ela vai feliz e, provavelmente, é amiga dos DJ's (que saberão escolher, assim que ela aparecer, o que ela gosta de ouvir). Então ela dança, pula, canta, participa de coreografias na pista e fica até o último minuto que lhe convém (podendo até voltar de uma noitada às seis e meia da manhã, de carona num jipe aberto, com o cabelo solto, seguida por uma moto). Sim... ela não tem frescuras. Não dá a mínima para marcas de roupas, de carros, adora andar de moto e não tem medo da chuva, do vento ou do suor, pois não precisa da garantia da chapinha no cabelo pra se sentir mais bonita. Ela sabe muito bem a hora certa de ir pra casa, mas confessa que, ultimamente, passar a tarde na casa de bons amigos ou ficar no seu canto de vez em quando, tem parecido muito mais interessante do que sair com qualquer um pra qualquer lugar - pois é... ela sabe ser uma ótima companhia pra si mesma.



"E eu, como estava dizendo, sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis, inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis. Mas nunca consegui. Quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. Já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. Já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. E o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele. E se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele. E se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém.(...) E quando vou ver, lá se foi a mulher misteriosa que eu gostaria tanto de ser. Porque eu jamais poderia ser uma."



Ela pode colocar uma mochila nas costas e viajar sozinha, caso queira... com certeza vai conhecer muita gente no caminho, viver com intensidade os momentos e as oportunidades, nunca esquecerá as pessoas interessantes que conheceu e sabe também que eles jamais esquecerão suas histórias e seu sorriso. Ela sabe rir, sorrir, gargalhar... e não tem medo de parecer ridícula quando faz isso ao ouvir as piadas que gosta, mesmo as mais bobas. Da mesma forma, ela não tem medo de dizer "eu vim aqui só pra te encontrar" ou "eu quero um beijo seu". Maior de idade e vacinada, não se intimida com que os outros possam pensar, caso ela ceda aos apelos do próprio corpo nos primeiros encontros. Ela é simplesmente livre... e acha até engraçado quando sente que um homem que mal a conhece faz questão de "untar uma frigideira que é totalmente anti-aderente". Ela não gruda e, por isso, sabe decidir se vai ou se fica. Sabe também escolher quem é digno de entrar no seu quarto e na sua vida - quem vai e quem fica. E aí, quando alguém fica e ela precisa desabafar, fala as verdades que estão em seu coração, mesmo sabendo que existem pessoas no mundo que nunca tenham sentido o que ela pode sentir. Ela não tem medo de amar e faz isso com maestria - quando sente que assim tem que ser. E, como muitas mulheres que conhece, sonha com o momento em que encontrará o cara que será o pai dos seus filhos. Sim... ela quer ser mãe um dia... mas não agora, pois ainda há muita coisa pra viver.



"As mulheres misteriosas, tão admiradas e desejadas, não passam de mulheres sem a menor graça. Elas não calam por mistério, charme ou discrição. Calam porque simplesmente não há nada mais sábio que elas possam fazer."



E, ao ler o final do texto, ela lembra de uma conversa que teve há poucos dias com dois novos amigos numa mesa de bar. Dois homens solteiros, inteligentes e com histórias de vida bem interessantes pra contar. Homens com alguma maturidade emocional, que não suportam mais as baladas da moda da noite carioca... mas que, de vez em quando, ainda cedem aos truques da tal "mulher misteriosa". Homens que, às vezes, também preferem ficar em casa lendo um bom livro ou vendo um bom filme... porque a "mulher misteriosa" fica bem cansativa, na verdade, quando eles percebem que não há mistério algum nelas.


Ela então lembra também dos lamentos que ouve diariamente das amigas, que dizem ser difícil achar um homem de verdade nessa cidade... e se questiona: "Será que todas as mulheres que conheço, e que são como eu, precisam fingir ser o que não são, só pela possibilidade de, um dia, atrair caras legais que se protegem sob o velho disfarce de "solteirões convictos", até que, simplesmente, as máscaras caiam?"


Pois é... ela tem uma certa preguiça desse "joguinho" e conclui que não deixará de ser quem é, por nada... nem por ninguém.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

MULHER SOLTEIRA NÃO PROCURA...


"Compromisso é permitir que o outro entre na nossa vida, é sonhar junto sem se sentir ameaçado, marcar um horário sem se sentir controlado. Dividir o espaço sem se sentir invadido. Compromisso não é falta de liberdade, é o exercício da liberdade de estar com alguém." (via @CRISFRAGA - twitter)



Eu tinha outras coisas pra falar aqui hoje. Pra variar, muita coisa aconteceu desde a minha última postagem. Nossa... como pode acontecer tanta coisa em tão pouco tempo??? Na verdade, sempre acontece, né? O fato é que eu estive mais atenta e pude PERCEBER e, principalmente, SENTIR e VIVER com intensidade tudo o que se passou. Começarei, então... do início.


Há duas semanas fui à São Paulo encontrar uma das pessoas que foram mais importantes na minha vida nos últimos tempos... foi um dia lindo, de muita conversa, sinceridade, erros expostos, responsabilidades assumidas (de ambos os lados) e decisões estabelecidas com maturidade e amor.


Ao marcar minha passagem, ouvi muita coisa de muita gente. Amigos, família... bom, o básico era: "Renata, vocês vão se encontrar no Dia dos Namorados? Você não vai resistir... vocês vão voltar, você vai ver!". Rolou até um "quer apostar???" rsrs... por isso, assim que voltei, lá fui eu dar satisfações aos que estavam mais preocupados com essa situação. Escrevi aos meus amigos dizendo: "para o bem de todos e minha felicidade geral, declaro ao Rio de Janeiro que me mantive forte, continuo solteira e muito feliz!!!"


Uma das respostas que recebi hoje, me fez ter a idéia de escrever esse post. Uma amiga me pediu: "Renata, queremos saber a receita do "solteira e feliz", hein? Não q isso seja um problema, mas, pela história q nos contou, preciso saber a receita para sair de um problema feliz!!! ;-)"


Como negar esse pedido? Impossível!!! Então segue aqui a receita da felicidade encontrada por mim:


  • 1º passo - Pegue uma mulher inteira e coloque-a pra conversar com um ex-namorado, depois de um ano sem juntar os dois ingredientes. De repente, ela percebe que ELE está pela metade e que, na verdade, ela quer alguém ao seu lado que esteja inteiro tb, assim como ela (senão a mistura desanda fácil fácil...pois ela já esteve pela metade e sabe que isso não funciona com ninguém).
  • 2º passo - A partir daí, fica tudo mais tranquilo. Porque a "mulher inteira" percebe logo que, por mais que o "ex-pela-metade" diga as coisas mais lindas, palavras são só palavras... e mudanças só são geradas com um outro ingrediente que ela conhece muito bem: o tempo.
  • 3º passo - Sobre o elemento "tempo". Ela ja teve o dela... e esse é o momento dele ter o dele. Se ele vai aproveitar ou não, é de inteira responsabilidade DELE. Ela não tem mais nada a ver com isso e segue sua vida tranquila, sem pressa... mas sabe tb que não está mais afim de esperar por ninguém (principalmente depois de ler no blog de uma amiga sobre os contos-de-fadas... então ela comprova que não quer viver uma relação difícil esperando por um "final feliz"... ela quer mesmo é um "durante feliz".)
  • 4º passo - A mulher inteira então está livre. Livre pra conhecer e se deixar conhecer. Livre pra perceber que ela é uma "jóia rara" e que não é qualquer um que pode tocá-la. A mulher inteira não tem pressa. Ela sente prazer em estar com ela mesma, ler bons livros, encontrar verdadeiros amigos, trabalhar, ir ao cinema, ao teatro, ouvir boa música, passear por aí, sentir o vento bater no rosto e ver um lindo por-de-sol sem ficar pensando: "ahhhh... seria tão bom que ele estivesse aqui...". Melancolia não é ingrediente da mulher inteira.
  • 5º (e último passo) - A mulher inteira enfim está pronta. Neste momento, ela tem consciência que não PRECISA de ninguém, mas sabe tb que é uma delícia ter alguém por perto... então ela, atenta, deixa o espaço aberto pra que o homem inteiro possa se aproximar. E essa história de que os opostos se atraem, é pura balela, neste caso: a mulher inteira atrai o homem inteiro. A partir daí, é só degustar... ;)


Bom, ser uma "PESSOA INTEIRA" demanda um certo esforço, amigas... e muita terapia!!! Hahahah... mas qdo vc percebe que chegou lá, não tem quem te tire daquele lugar!!!!


Meninas... mulher solteira não procura... mulher solteira se encontra!


Concluindo, citarei minha mais nova "melhor amiga de infância"... rsrsrs... eis a frase da Beta: "a gente quer mais é ser feliz antes, durante e depois, mesmo que hajam, inevitavelmente, os intervalos de dores e problemas. ;-)"


Sejam felizes!!! Bjsssssss!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

DEFYING GRAVITY...


"Something has changed within me

Something is not the same

I'm through with playing by

The rules of someone else's game

Too late for second-guessing

Too late to go back to sleep

It's time to trust my instincts

Close my eyes: and leap!


It's time to try defying gravity

I think I'll try defying gravity

And you can't pull me down!


I'm through accepting limits

'Cuz someone says they're so

Some things I cannot change

But till I try, I'll never know!

Too long I've been afraid

Of losing love, I guess I've lost

Well, if that's love it comes

At much too high a cost!


I'd sooner buy defying gravity

Kiss me goodbye... I'm defying gravity

And you can't pull me down


(...)


Unlimited... together we're unlimited

Together we'll be the greatest team

There's ever been...


Dreams, the way we planned 'em

If we work in tandem

There's no fight we cannot win


Just you and I... defying gravity...

With you and I defying gravity...

They'll never bring us down!


I hope you're happy

Now that you're choosing this

I hope it brings you bliss

I really hope you get it

And you don't live to regret it


I hope you're happy in the end...

I hope you're happy, my friend.


So if you care to find me

Look to the western sky!

As someone told me lately:

"Ev'ryone deserves the chance to fly!"

And if I'm flying solo

At least I'm flying free

To those who'd ground me,

Take a message back from me:


Tell them how I'm defying gravity...

I'm flying high defying gravity..."



Estava trabalhando no computador e pensando em coisas que escreveria em outro post (e ainda escreverei, na verdade), quando o ITunes resolveu mandar essa música pra mim assim, do nada, por conta própria no "shuffle mode on"... imediatamente lembrei de uma coisa que minha mãe sempre me falou: "Pituxa, eu criei você pra que você aprendesse a voar... agora vai!"


Mãe... hoje, mais do que nunca, eu entendo o que você quer dizer com essa frase e preciso te agradecer: muito obrigada!!! Te amo!!!


*********************

ps: Minha mãe já me chamava de "Pituxa" muito antes da Xuxa ter suas paquitas, ok?

ps2: "Defying Gravity' faz parte do musical "Wicked".

domingo, 6 de junho de 2010

DO AMOR E OUTROS... DEMÔNIOS?




Maio foi um mês de reflexão pra mim. Muito escrevi. Tudo senti. Nada postei.

Precisei desse tempo pra me conhecer um pouco mais antes de tirar conclusões definitivas sobre a vida... e acabei descobrindo mesmo que nada - absolutamente nada - é definitivo.

Mês passado muita coisa aconteceu. "LOST", por exemplo, acabou - e pode ser que "Flash Forward" não tenha uma segunda temporada!!! (mas não é disso que eu quero falar hoje não... meu lado "nerd" é infinitamente menor, perto da hierarquia de importância dos fatos).

Minha vida não foi nada fácil. Conciliar trabalhos e estudos foi uma espécie de loucura! Quase joguei tudo pro ar, vi que o stress tava começando a abalar minha saúde, mas no fim de tudo, acho que fiz as escolhas certas: das sete matérias da faculdade, eliminei uma - e fui ao médico, que me mandou eliminar também glúten, álcool e açúcar da minha alimentação... obedeci.

Além disso, tive sonhos que me despertaram. Sonhos quase premonitórios. Sexto-sentido? Intuição? Bom, seja lá o que tenham sido, fizeram com que eu revisse alguns conceitos... me afastei de algumas pessoas e deixei que outras se aproximassem, por exemplo.

É engraçado isso. Estou aqui escrevendo e tenho certeza que você vai ler. Você, que eu nunca encontrei. Você, que eu não conheço e que vai tirar conclusões precipitadas, deduzindo coisas sobre a minha vida, sem nem mesmo me conhecer. Ok... você sabe quem eu sou... e eu sei quem você é. Acredite, eu sei o seu nome e onde você vive. Parece filme de suspense, né? "Eu sei quem você é e vi o que você fez"... rsrsrs... mas não é nada disso. É bem mais simples: eu sonhei com você.

Ao aparecer pela primeira vez nos meus sonhos, você me perseguia, acompanhada de pessoas que queriam me agredir e depois fugia. Ainda assim, eu corria atrás de você pois precisava te proteger de um leão, antes que anoitecesse. Eu te guiava pra dentro de uma casinha de bonecas e, muito calmamente, te falava tudo o que tinha pra dizer - coisas que podia ter dito há muito tempo (desde maio do ano passado) - e vc, aparentemente frágil, sentadinha num canto, me ouvia atentamente. Só.

Aí vieram outras noites, outros sonhos... no último deles, conversávamos muito. E quando acordei, a sensação era de ter tido um pesadelo. Estava quase decidida a te procurar, pra tentar entender o porque de você aparecer tanto pra mim. Isso me incomodava muito porque, apesar de tudo, eu nunca quis seu mal. Eu sempre soube que no fundo, no fundo, você não tinha absolutamente nada a ver com a minha história... porém me dei conta de que, apesar das diferenças nítidas - físicas e comportamentais - somos muito parecidas e temos dois denominadores em comum: amor e medo.

Nos meus sonhos, você sou eu.

Bom, preciso então me apresentar: muito prazer, meu nome é RENATA.

Renata, aquela que renasce. E eu faço isso todos os dias, ao acordar. E hoje, renascida, por mais que você tente se fazer presente, não vou mais deixar que "fantasmas" atormentem minha vida.

Eu gosto da vida leve, sabe? Eu rio de mim, rio do passado, perdôo fácil mas nunca esqueço (como eu já disse em posts anteriores, esquecer pode ser bem perigoso).

Parceria pra mim é fundamental porque eu sou assim: parceira, companheira, leal. E se alguém realmente quiser estar ao meu lado e seguir comigo meu caminho, tem que fazer questão disso e agir. Porque palavras são só... palavras! E eu acredito mesmo é na construção de estradas paralelas, uma bem do lado da outra, na mesma direção.

Sinto o que é o amor inteiro, amar alguém com todas as suas qualidades e defeitos. Pois é... eu não evito mais aquele "leão" porque hoje sei me proteger. Vou ao seu encontro, sem medo. E caso eu perceba que ele ainda pode me machucar, posso te garantir que ele não fará parte do meu mundo. Simples assim.

Concluindo, "mulher do sonho": eu te liberto. Eu já entendi tudo... vou viver a minha vida, você vive a sua e não precisa mais aparecer para atormentar minhas noites tranquilas, ok?

Ah! Mais uma coisa: esse mundo é muito pequeno. Por isso quero te dizer que se, caso um dia, por conta do destino, nos encontrarmos pessoalmente... espero que já seja o tempo em que poderemos olhar pra trás e sorrir de tudo o que aconteceu. E aí então, será um prazer te conhecer.

Câmbio, desligo.

domingo, 18 de abril de 2010

É...



amor (ô)

(latim amor, -oris)

s. m.


1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção!; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa (ex.: amor filial, amor materno). = afecto!ódio, repulsa

2. Sentimento intenso de atracção! entre duas pessoas. = paixão

3. Ligação afectiva! com outrem, incluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual (ex.: ela tem um novo amor; anda de amores com o colega). (Também usado no plural.) = caso, namoro, relacionamento, romance

4. Ser que é amado.

5. Disposição dos afectos! para querer ou fazer o bem a algo ou alguém (ex.:amor à humanidade, amor aos animais).desprezo, indiferença

6. Entusiasmo ou grande interesse por algo (ex.: amor à natureza). = paixãoaversão, desinteresse, fobia, horror, ódio, repulsa

7. Coisa que é objecto! desse entusiasmo ou interesse (ex.: os livroselectrónicos! são o meu amor mais recente). = paixão

8. Qualidade do que é suave ou delicado (ex.: faz isso com mais amor). =brandura, delicadeza, suavidade

9. Pessoa considerada simpática, agradável ou a quem se quer agradar (ex.:ela é um amor; vem cá, amor). = querido

10. Coisa cuja aparência é considerada positiva ou agradável (ex.: o quarto dos miúdos está um amor).

11. Ligação intensa de carácter! filosófico, religioso ou transcendente (ex.:amor de Deus).desrespeito

12. Grande dedicação ou cuidado (ex.: amor ao trabalho). = zelodescuido, negligência

amor cortês: sentimento, frequente na literatura medieval, que se caracteriza por uma relação de vassalagem entre o cavaleiro e a sua amada.
amor livre: ligação afectiva! que recusa as convenções sociais e as instituições legais, nomeadamente o casamento.
fazer amor: ter relações sexuais. = copular, fornicar
morrer de amor(es): gostar muito.
não morrer de amor(es): não gostar.
por amor à arte: de forma desinteressada.
ter amor a: dar importância a (ex.: se tens amor ao dinheiro, pensa melhor).

(fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

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ps: texto do vídeo - "Quando o Amor Vacila" ( por Maria Bethânia)