domingo, 18 de janeiro de 2009

PARA GUARDAR A INFÂNCIA



"Atenção: Compro gavetas,

armários, cômodas e baús.

Preciso guardar minha infância:
os jogos da amarelinha,
os segredos que me contaram
lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças:
as viagens que não fiz,
ciranda, cirandinha
e o gosto de aventura
que havia nas manhãs.

Preciso guardar meus talismãs:
o anel que tu me deste,
o amor que tu me tinhas
e as histórias que eu vivi..."

( Roseana Murray)

13 meses e meio... ou 59 semanas... ou 415 dias. Foi esse o tempo em que fiquei longe daqui.

Tempo de encontros valiosos com pessoas que, com certeza, estarão ao meu lado pra sempre. Tempo de descobertas. Tempo de mudanças. Tempo de correr o mundo e de entender como ele gira. Tempo de amar. Tempo de crescer. "Tempo, tempo, tempo, tempo... compositor de destinos..."!!!

Poderia começar esse post citando as mil razões que fizeram com que eu me afastasse, mas prefiro fazer diferente. Prefiro dizer o que me fez voltar... e isso vou fazendo aos poucos.

Em primeiro lugar: descobri que tô com saudade de mim, das minhas memórias e até do que ainda não vivi. Saudade do meu violão. Das minhas canções. Do que me inspira. De quem me inspira.

Em 1987 fui inspirada pela poetisa Roseana Murray. Eu tinha 9 anos e li "Classificados Poéticos", decorando logo em seguida algumas de suas poesias. Não sei bem porque, mas "Para guardar a infância" esteve sempre comigo... e não sai da minha cabeça há semanas!

Coincidentemente hj, ao visitar o blog de uma das pessoas mais queridas do meu coração, fiquei impressionada com a sincronicidade do universo: não é que a poesia que não saía da minha cabeça combinava perfeitamente com a aula do Randy Pausch, mostrada nessa matéria do Fantástico?? Muito obrigada pelo seu último post, amiga!!!!

Pronto. É daqui que eu quero começar.
É assim que eu quero recomeçar.
Feliz.

Seize the Day!!!!!


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* Randy Pausch teve câncer pancreático incurável diagnosticado em setembro de 2006. Sua popular última aula na Universidade Carnegie Mellon, em setembro de 2007, ganhou atenção internacional e foi vista por milhões de pessoas no YouTube. Nela, Pausch fala de viver a vida que sempre sonhou, ao invés de passar seu tempo concentrado em impedir a morte. Ele faleceu em julho de 2008.

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