sexta-feira, 3 de julho de 2009

FAXINA...


" Quebrei o seu prato, tranquei o meu quarto, bebi seu licor. Arrumei a sala. Já fiz tua mala ( pus no corredor). Eu limpei minha vida, te tirei do meu corpo, te tirei das entranhas! Fiz um tipo de aborto... e por fim nosso caso acabou - está morto. Jogue a cópia da chave por debaixo da porta, que é pra não ter motivos de pensar numa volta. Fique junto dos seus. Boa sorte. Adeus." (Ivan Lins)


Ela desfez aquele quadro, abriu seu quarto e nada bebeu. E quando a lua se apagou, entre lâminas e fogo, transformou o antigo perfume em cinzas - que levadas pelo vento, sumiram no céu de Botafogo.

Ainda assim, ela lembra. A cada dia menos... mas lembra.

E sabe que um dia, quando menos esperar, vai esquecer de lembrar de esquecer.