sexta-feira, 3 de julho de 2009

FAXINA...


" Quebrei o seu prato, tranquei o meu quarto, bebi seu licor. Arrumei a sala. Já fiz tua mala ( pus no corredor). Eu limpei minha vida, te tirei do meu corpo, te tirei das entranhas! Fiz um tipo de aborto... e por fim nosso caso acabou - está morto. Jogue a cópia da chave por debaixo da porta, que é pra não ter motivos de pensar numa volta. Fique junto dos seus. Boa sorte. Adeus." (Ivan Lins)


Ela desfez aquele quadro, abriu seu quarto e nada bebeu. E quando a lua se apagou, entre lâminas e fogo, transformou o antigo perfume em cinzas - que levadas pelo vento, sumiram no céu de Botafogo.

Ainda assim, ela lembra. A cada dia menos... mas lembra.

E sabe que um dia, quando menos esperar, vai esquecer de lembrar de esquecer.

2 comentários:

Bruno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno disse...

Olá menina, tudo bem?? Olha, tenho um amigo escritor que está orzanizando um livro de poemas. Vc gostaria de entrar?
Por favor, entra em contato com ele: www.literaturaclandestina.blogspot.com

P.S. Diga q foi Bruno (da Ufba) q indiou. Ele é dez. Olha suas poesias são muito boas. Vc deveria conferir o trabalho dele tb.